No cenáculo. Agora sagrado. Quinta-feira. Jesus me concedeu entrar no cenáculo e eu estava presente ao que estava acontecendo. O momento mais comovente para mim foi quando, antes de consagrar o pão e o vinho, Jesus olhou para o céu e iniciou uma conversa misteriosa com o Pai. Somente na eternidade iremos penetrar na intimidade desse instante. Eu vi os olhos de Jesus que queimavam como duas chamas. O rosto brilhou. Sua pessoa, envolta em majestade, apareceu para mim no esplendor da neve sob o sol. Um desejo inexprimível dominou sua alma. Quando ele consagrou o pão, seu amor realizado encontrou a paz. Seu sacrifício já estava perfeitamente consumido. Se o ritual externo da morte ainda não tivesse ocorrido, o sacrifício interno, que é sua essência, já havia ocorrido no cenáculo. Depois, ao longo da minha vida, já não adquiri um conhecimento tão profundo do mistério eucarístico. Anseio ardentemente que o mundo inteiro compreenda o mistério de toda a misericórdia que se desenrolou entre as paredes do cenáculo.
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