Bendito sejas, Senhor Jesus,
Diante de tua cruz eu me ajoelho
e vejo quanto é odioso meu pecado,
minha iniqüidade que te
fez lamentar o mal que excita a severidade
da ira divina.
Mostra-me a enormidade da minha culpa pela tua
coroa de espinhos,
tuas mãos e os pés furados,
teu corpo ferido,
teus gritos agonizantes.
Teu sangue é o sangue de Deus encarnado,
seu valor infinito, seu valor além de todo pensamento.
Infinito deve ser o mal e a culpa
que exigem tal preço.
Pecado é minha doença, meu monstro, meu inimigo, minha víbora,
nascido em meu nascimento,
vivo em minha vida,
forte em meu caráter,
Influenciando minhas faculdades,
seguindo-me como uma sombra,
misturando-se com todos os meus pensamentos,
Como correntes que me prendem cativo no
império da minha alma.
Pecador que sou,
por que o sol deveria me dar luz,
o suprimento de ar,
a terra, meu chão,
seus frutos que me alimentam,
suas criaturas que me servem?
No entanto, as tuas compaixőes me cobrem, o
teu coraçăo apressa-se em meu socorro, o
teu amor suportou a minha maldiçăo, a
tua misericórdia suportou as minhas feridas merecidas.
Deixa-me andar humildemente nas mais baixas profundezas
da humilhação,
banhado em teu sangue,
terno de consciência,
triunfando gloriosamente como herdeiro da salvação.