Santa Faustina Kowalska e a Divina Misericórida

Nascida em 25 de agosto de 1905, em Glogowiec, na Polônia Central, Faustina era a terceira de dez filhos de uma família pobre.

Desde jovem, ela sentiu um chamado para a vida religiosa, mas devido à situação financeira de sua família, teve que trabalhar para ajudar a sustentá-los.

Aos 18 anos, Faustina revelou seu desejo de se tornar religiosa à sua mãe, mas seus pais não permitiram.

Desanimada, ela acabou se envolvendo em distrações mundanas. No entanto, em uma tarde de 1924, Faustina teve uma visão de Jesus Cristo flagelado, que lhe disse:

“Até quando você me suportará? Até quando você será infiel?”

Essa experiência foi um ponto de virada em sua vida.

Impulsionada por essa visão, Faustina partiu para Varsóvia e ingressou no Convento das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia em 1º de agosto de 1925.

No convento, ela adotou o nome de Maria Faustina e acrescentou “do Santíssimo Sacramento” em homenagem a seu profundo amor por Jesus presente no Sacrário.

Durante seu tempo como religiosa, Faustina trabalhou em diversas casas da congregação, desempenhando várias tarefas com alegria, humildade e submissão à vontade de Deus.

A vida de Santa Faustina foi marcada por experiências místicas profundas.

Jesus aparecia a ela e lembrava a humilde religiosa do grande mistério da Misericórdia Divina. Um de seus confessores, o Padre Sopocko, exigiu que ela registrasse suas vivências em um diário espiritual.

Assim, por obediência a seu confessor, Faustina deixou uma descrição detalhada de suas experiências místicas em um extenso diário que ocupa centenas de páginas.

Além das visões, Jesus também instruiu Faustina a providenciar a pintura de uma imagem que o representasse conforme ela o via.

A imagem de Jesus Misericordioso, com a inscrição “Jesus, eu confio em Vós” aos pés de Jesus, tornou-se amplamente conhecida e venerada em todo o mundo.

A devoção à Divina Misericórdia, composta pelo Terço da Misericórdia e pela novena, também foi ensinada por Jesus a Faustina.

A saúde de Santa Faustina deteriorou-se ao longo de sua vida devido à tuberculose.

Os últimos dez anos foram particularmente dolorosos para ela. Em 5 de outubro de 1938, ela sussurrou à irmã enfermeira:

“Hoje o Senhor me receberá”.

E assim aconteceu, Faustina faleceu nesse dia, entregando sua alma a Deus.

A importância de Santa Faustina e sua mensagem de Misericórdia Divina foram reconhecidas pelo Papa João Paulo II. Em 18 de abril de 1993, o Papa

beatificou Faustina, e em 30 de abril de 2000, ele a canonizou, proclamando-a como a “Apóstola da Divina Misericórdia”.

Reze agora o terço da Divina Misericórdia

João Paulo II também desempenhou um papel fundamental na instituição do Domingo da Misericórdia no calendário litúrgico da Igreja.

Ele atendeu ao pedido de Jesus, conforme revelado a Faustina, para que o domingo após a Páscoa fosse dedicado à celebração da Misericórdia Divina.

A vida e as experiências místicas de Santa Faustina são uma inspiração para os fiéis em todo o mundo. Ela nos ensina sobre a infinita misericórdia de Deus e nos convida a confiar plenamente em Jesus.

Através de sua devoção e testemunho, Santa Faustina nos lembra que somos chamados não apenas a receber a misericórdia de Deus, mas também a compartilhá-la com os outros.

Ela é um exemplo vivo de como a entrega total à vontade de Deus e a prática da misericórdia podem transformar vidas e trazer esperança a um mundo necessitado.

Que a vida e o legado de Santa Faustina continuem a nos inspirar a buscar a Divina Misericórdia e a compartilhá-la com amor e compaixão.